sábado, 26 de março de 2011






Era um final de tarde no qual Lucy odiaria ter pensado em sair de casa, do Black Castle. Algo estava por vir, ela sentia isto tanto quanto Elizabeth preverá, e que tampouco acreditaram em suas visões. Porém agora o sentimento de perda ardia em seu coração já emudecido, ele se fora levando junto, sua vida, seu coração, no qual o pisoteou sem medo com suas palavras. Lucy perderá o grande amor de sua vida, alguém do qual amou, pensando ser diferente; porém disto ela não estava completamente errada, afinal, mesmo com a terrível e inexplicável perda de will, ela continuava o amando, mesmo que ainda estivesse com raiva de sua suposta traição, sabia que jamais deixaria de amá-lo.
Perderá seus pais, sua irmã, e agora perdeu alguém que jamais pesou que perderia: William Fernandes. Aquela dor que sentia, para ela, nunca passaria. Por mais que ainda pensasse em sua filha, que a esperava em casa, ela desejava a morte ao ter que assumir aquela maldita perda. Sentia seu coração explodir em meio ao desespero, que a encurralava num canto escuro e sombrio, simplesmente para vê-la derramar aquela lágrimas de sangue tão sofridas e amarguradas. Will não se importou com o fato de que ela poderia muito bem suicidar-se sem pensar duas vezes. Um único grito, pensou ela, para expressar meu velório, pois afinal, minha vida perdeu o sentido quando ele me virou as coisas; mas, ao grito de sua agonia  e tormento, descobriu outros que a fez urrar em prantos, de tanto ódio, medo e amargura acumulados em seu peito. Desejar que tudo aquilo seja-se um pesadelo horrível, foi o que ela fez durante um ano.


Trecho de "No Pôr do Sol II"

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