Era um final de tarde no qual Lucy odiaria ter pensado em sair de casa, do Black Castle. Algo estava por vir, ela sentia isto tanto quanto Elizabeth preverá, e que tampouco acreditaram em suas visões. Porém agora o sentimento de perda ardia em seu coração já emudecido, ele se fora levando junto, sua vida, seu coração, no qual o pisoteou sem medo com suas palavras. Lucy perderá o grande amor de sua vida, alguém do qual amou, pensando ser diferente; porém disto ela não estava completamente errada, afinal, mesmo com a terrível e inexplicável perda de will, ela continuava o amando, mesmo que ainda estivesse com raiva de sua suposta traição, sabia que jamais deixaria de amá-lo.
Perderá seus pais, sua irmã, e agora perdeu alguém que jamais pesou que perderia: William Fernandes. Aquela dor que sentia, para ela, nunca passaria. Por mais que ainda pensasse em sua filha, que a esperava em casa, ela desejava a morte ao ter que assumir aquela maldita perda. Sentia seu coração explodir em meio ao desespero, que a encurralava num canto escuro e sombrio, simplesmente para vê-la derramar aquela lágrimas de sangue tão sofridas e amarguradas. Will não se importou com o fato de que ela poderia muito bem suicidar-se sem pensar duas vezes. Um único grito, pensou ela, para expressar meu velório, pois afinal, minha vida perdeu o sentido quando ele me virou as coisas; mas, ao grito de sua agonia e tormento, descobriu outros que a fez urrar em prantos, de tanto ódio, medo e amargura acumulados em seu peito. Desejar que tudo aquilo seja-se um pesadelo horrível, foi o que ela fez durante um ano.
Trecho de "No Pôr do Sol II"
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