quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sou a chama que te queima
O gelo que te esfria
O fantasma que te assombra
O medo que te agoniza
A palavra impronunciável
O assovio de um beco
Sou o bater de asas
Sou o anjo que te salva
Sou a escuridão de seu pensamento
O riso que machuca
O olhar que sangra
A tentação que você se entrega
A perdição que te cerca
Sou a luz no fim do caminho
O suspiro de alívio
O abraço confortável
A chuva que te molha
Sou a lágrima derramada
A ferida incurável
Sou a fumaça do cigarro
O caminho perdido
A felicidade inalcançável
O amor perdido
Sou a esperança inexistente
A saída mais distante
Sou o sonho esquecido
A pessoa desprezível
Sou a palavra que te mata
A faca que te corta
Sou a força que incansavelmente
Te puxa para baixo.




Todas aquelas memórias aprisionadas em minha mente,
Memórias jamais esquecidas,
me atormentam todo dia
Todos os detalhes mais horríveis
estão, indesejavelmente, presas aqui dentro


Estou presa em meu próprio mundo
Trancada a sete chaves
E ninguém poderá me tirar daqui novamente


Todas as emoções perdidas,
todas as lágrimas derramadas
E todas as palavras reprimidas
Eu confesso
Me perdi na minha própria insanidade


Estou apostando em tudo
e não estou querendo nada
Eu quero que o mais puro dos sonhos
me toque suavemente
Me domine


Não quero que me faça acreditar
Que o amor possa existir
Que possa fluir
E nunca vá me abandonar


Duas lágrimas avermelhadas
acompanhadas de um grito de suplica
Ecoaram em sua mente
enquanto elegante e quase triunfante
Caminhava para o caminho obscurecido
Um caminho sem volta
"NÃO VOLTE!!!", gritei.
Um caminho chamado morte

terça-feira, 26 de abril de 2011

Nunca Diga Nunca





Nunca me dê as costas, 
sem me olhar implorando para ficar mais uns instantes
Pois eu imploro por mais um beijo 
e mais um minuto contigo 
numa manhã fria de inverno


Nunca me diga um "Adeus" da porta, 
me fazendo pensar que não vai mais voltar; 
quando na verdade, 
esta indo trabalhar.
Não poupe mais um olhar 
e um sorriso bobo no canto dos lábios carnudos e doces


Pois meu coração para e acelera
pensando nos instantes eternos
que é ficar sem você
E só de pensar nisso
Me dá arrepios e calafrios


Nunca me recuse um "eu te amo",
faz-me despencar deste mundo
e cair eternamente no infinito,
no abismo que é não ouvi-lo dizê-lo


Pois, quando me olha no pôr-do-sol
numa praia radiante
após uma manhã de puro amor
--com seu corpo enroscando-me
no prazer de tê-lo,
com sua boca presa na minha--,
e se intimida de dizê-lo,
anseio que nunca mais irei ouvi-lo


Nunca diga nunca
Meu coração se fere com suas lágrimas salgadas
Minha alma grita de agonia
com seu silencio penetrante
Meu corpo paralisa quando você atravessa a porta


A brisa sopra leve meus cabelos
e meu coração se acelera com seu toque:
sua boca no meu pescoço
"Nunca diga nunca",
Solte um suspiro
e no meu ouvido, sussurre:
"Nunca deixarei de te amar"

terça-feira, 19 de abril de 2011




Como se a memória pudesse ser apagada
Eu ainda penso no seu sorriso
Como se tudo tivesse sido jogado pelo ralo
tudo que eu pensei ser verdadeiro
tudo que eu achei valer a pena lutar
tudo que era você...
Me vi inteiramente boba
achando que haveria possibilidades
E agora estou perplexa
vendo que tudo despencou
Não vejo mais o brilho de seu olhar
da mesma forma que não encontro uma razão para não chorar
Tudo floresceu
Quando você apareceu
da mesma forma que morreu
Quando o sentimento desapareceu
Os versos não tem mais sentido
sem você aqui comigo
sem o 'você' pelo qual me apaixonei
Eu confiei
Eu amei
Eu me feri
Arrependo-me cruelmente
por não aceitar o óbvio
Com palavras me enganastes
com palavras me iludistes
e em silêncio afastastes-se
Eu gritei
Eu amei
Eu chorei
Eu matei a pessoa dentro de mim
Gritarás o meu nome
Disto tenho certeza
Aos pranto notarás
que eu era a unica que podias confiares
Você abusou
Você usou
Você enganou
Você roubou
tudo o que achei valer a pena arriscar
Por sua causa
Eu sofri
Eu fugi
Eu morri
Eu chorei
por todas as armadilhas que cai
por todas as chances que achei que teria, e que perdi
por toda dor que me agonizei
Agora eu sei
Jamais hei de cair
Jamais hei de... amar.

quinta-feira, 14 de abril de 2011


Talvez eu devesse ir para algum lugar longe daqui, longe de todos. Todos insistem em me machucar, brincar comigo e com meus sentimentos. Eu não quero que todos me adorem, me mimem e me bajulem. Quero a distância, a solidão. Como se eu não precisasse de ninguém, como se eu não precisasse de nada. Tudo que toco, se desfaz, e todos que se aproximam, se afastam após conseguirem o que tentaram insistentemente: me machucar. Eu me afasto, eu fujo, eu me escondo, mas o fim é o mesmo. A maldição é certa.

Talvez não haja, afinal, uma fórmula secreta para tudo ter um final feliz. Talvez não haja um elemento X para garotas perfeitas. Talvez não haja um príncipe para me dar um beijo enquanto estou sob o feitiço, e o quebre. Talvez não haja planos infalíveis. Talvez não haja anões para me protegerem quando eu comer uma maçã envenenada, nem um príncipe para me salvar de uma torre e lutar contra um dragão. Talvez não haja um caçador para me salvar do lobo mau. Talvez não haja príncipes encantados. Eu não sou nenhuma princesinha em apuros, esperando que um príncipe encantado apareça para me salvar montado num cavalo branco. 

Pois eu só quero alguém que me abrace com um sorriso nos lábios. Me proteja quando precisar. Me beije mesmo quando eu não pedir. Que diga que me ama sempre. Não procuro príncipes encantados (Pois hoje em dia eles seriam gays e diriam que são bis), apenas alguém  que saiba como me deixar feliz e ter paciência comigo. Não quero que ninguém tente me compreender, seria loucura, um caminho para a perdição. Quero alguém que não tente brincar com meus sentimentos, e simplesmente me ame.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

De volta a dor...



Talvez eu não devesse mais tentar
Talvez eu não devesse mais lhe impedir de ir
Talvez eu não devesse mais existir
Tudo se tornaria mais fácil?
Afinal, eu não estaria mais aqui
E quem sabe
Você voltaria a sorrir
Se eu não mais estivesse aqui
Voltaria a sentir
O que não foi por mim?
Eu tento achar um motivo para o próximo passo
Mas eu não tenho forças para dá-lo
As chamas estão me consumindo
e eu já não posso mais lutar contra elas
A dor é mais forte
O abandono me ronda
E Morte parece a única solução
Meus sorrisos me machucam
Meu orgulho foi mais forte
E minha dignidade se fora
As lágrimas não parecem mais surtir efeito
E eu não sinto mais nada além dessa dor
É como se tivessem arrancado meu coração
Depois de terem brincado como uma bola
Jogando-o de um lado para o outro
Pisando em cima como se não valesse nada
Por que essas lembranças sempre me invadem os pensamentos?
Será que a dor não é o suficiente?
Eu não quero mais isso tudo
Pois todos parecem se divertir com meu sofrimento
Com meu peito sangrando
E não se intimidam em me machucar mais e mais
Pelo contrario
E por mais que eu saiba que a vida segue em frente
Eu tenho medo de não conseguir esquecer
E a dor nunca passar
Eu não sei o que devo fazer
Se sei que o arrependimento arderá aqui dentro
E agora
Eu não posso aprender com o amor.

sexta-feira, 8 de abril de 2011





É horrível essa sensação pós-tudo, quando eu não posso fazer nada para impedir, e fico frágil. Essas sensações são horríveis, e inevitavelmente, eu fico com medo. É impossível esquecer. Os pesadelos me assombram a noite, e eu não posso escapar por mais que tente ficar acordada. E quando minha luta fracassada resulta na mais penetrante escuridão, sozinha, as cenas me percorrem a mente, me envolvem numa espécie de "Déjà vu", e as horas de terror iniciam-se. É tudo confuso e óbvio ao mesmo tempo, eu corro, eu fujo e eu caio. Eles me acham se me escondo. Me alcançam se eu fujo. E gritam quando não falo. Entro em colapso. Eu grito horrorizada, mas é como se o grito não tivesse saído. O que devo fazer? Pessoas correndo. Pessoas gritando. Por que eu não consigo correr? Por que não consigo gritar? Sangue nas mãos. Roupa ensangüentada. Rostos pasmos e tristes. Uma luz? Devo seguir diante dela? O sonho acabou. Corpo suado, coração acelerado, e a escuridão me envolvendo no desespero que é ficar sozinha. Eu choro, aliviada porque acabou, mas com receio de que comece novamente quando fechar os olhos. Eu durmo após tanto chorar aterrorizada com as cenas ensanguentadas, e acordo apenas quando ouço a voz angelical dela (Tarja Turunen). Mais um dia viva, mais um dia para esperar que tudo recomece novamente. Mais um dia de sorrisos doloridos, de arrependimentos e remorsos. Dias passam, e logo, toda agonia recomeça, e eu sempre choro com o sangue em minhas mãos. A vida que não pude salvar, a pessoa que se foi, o rosto pasmo quando a alma se foi. Mais um dia, mais uma noite e mais uma morte. O que sou? Eu não a salvei! Noites em claro, a culpa me consumindo. Serei eu, culpada? E eu não a salvei!!!!




Isso é feito em minha própria vidinha. Me senti muito mal e decidi escrever sobre os meus pressentimentos. Mas o texto não acaba aqui. Esperem por mais em breve! Ainda estou muito mal e sinto algo ruim me rondando. E ainda assim, eu estou postando isso aqui para vocês, dears. 





segunda-feira, 4 de abril de 2011

Encerramento

Como se eu pudesse te alcançar...
Como se eu pudesse te compreender...
Será que algum dia eu lhe terei?
É justo a forma que você me ignora
quando mais preciso de você?
Eu não quero mais você
Mas ainda quero você!
Eu não tenho culpa se você
é tudo o que eu vejo nela
E ainda assim
você esta tão distante
Eu não posso prosseguir com isso
pois não é justo contigo
É muito difícil ter que dizer "adeus"
a um sentimento tão diferente como este
Eu não quero te perder
E se ao menos soubesse o quanto
tudo isso poderia ser diferente
Mas ao mesmo tempo
Talvez fosse melhor assim
O único arrependimento
Foi o que não aconteceu
E jamais noutro dia
Sentirei este sentimento
que me fez sorrir
que me fez rir
que me abraçou quando precisei
que calou quando pedi
Mas que não me amou
como te amei.

sábado, 2 de abril de 2011

Máscara




Máscara



Os sonhos são lindos
Mas de mentira
São peregrinos
Que se dissolvem rapidamente como pastilha
Sonhos são como eu
Uma ilusão da realidade

Mas eles caíram
Caíram junto com os meus sonhos
Caíram junto com uma parte de minha cara
Caíram junto com a minha máscara

Oh, me perdoe se estraguei seu sonho
       Me perdoe se estraguei sua fantasia
       A única coisa que restará, será sua melancolia
Mas, ele caíram
Caíram junto com os nossos sonhos
Caíram junto com uma parte de minha cara
Caíram junto com a minha máscara

Oh, me perdoe se eu não sou mais a sua princesa
        Me perdoe se eu não sou mais aquela que sonhava
        A única coisa que restou, foi o nada.
Mas, ele caíram
Caíram junto com os seus sonhos
Caíram junto com uma parte de minha cara
Caíram junto com a minha máscara

Os sonhos acabaram
As fantasias terminaram
E a ilusão ainda lhe atormenta

Minha máscara caiu quando os sonhos acabaram
Um pedaço da minha cara despencou quando as fantasias terminaram
Meu amor agora só é uma ilusão que ainda lhe atormenta

Perdoe-me se eu te magoei
Acredite em mim quando digo que te amei
Mas eu me cansei
A ilusão dos sonhos da realidade fizeram minha máscara dócil
No abismo despencar
Acredite, eu te amei




A unica coisa que os outros procuram em mim é a garota "bondosa" que meu rosto deixa demonstrar, a inocência que nunca tive.
Todos simplesmente adoram se aproximar e conquistar minha confiança, e sempre, no fim, se afastam quando descobrem quem eu realmente sou.
Confiança? Para que? Todos irão me machucar, de novo e de novo, até que eu resolva simplesmente descançar eternamente.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Aika siirtyä

Olho pela janela
Vendo a escuridão e alguns vultos
As árvores rugem
com os galhos quebrando
O vento sopra forte
meus cabelos voam para trás
A única luz que vejo
É a Lua
Que ilumina o céu
Como se tivesse brilho próprio
E ainda assim, faz os outros sorrirem
com sua simples e enorme aparição
Eu me alegro somente quando a vejo
e me surpreendo quando noto que também tenho fases
Tem tempos que me sinto completa
Outras pela metade
Outras crescendo
E outras ainda como se estivesse começando
As nuvens ficam ao seu redor
Moldando-a
E eu continuo sempre a observá-la da janela
Sempre longe, e nunca podendo tocá-la
Pois se eu tocasse-lhe
Jamais lhe veria da mesma forma que vejo-lhe agora

Distante...
E ainda assim continuo lhe admirando
É como se eu pudesse esticar meu braço
e poder te alcançar
Eu queria poder voar
Para só assim contemplar seus diferentes ângulos
Poderia eu morar em ti?
Sempre que fico parada lhe observando
Lembro sempre da pessoa do qual amei
que foi-se embora para o seu mesmo céu
Sinto falta desta pessoa
E sempre que observo a Lua
Lembro-me de quando fazíamos isso juntos
Pois quando observávamos a Lua
Disse-me: “Quando eu não mais estiver
olhe para a Lua, que eu estarei lá te olhando e te protegendo”
E agora, eu vejo que, como a Lua
Eu não tenho brilho próprio sem esta pessoa aqui
Mas, sempre à noite
Sinto-me mais alegre
como se minha luz voltasse
Como se você estivesse aqui
me abraçando como sempre fazia
quando eu sentia frio
Sempre que olho pela janela
Eu lhe procuro, mas nunca lhe acho...
Um mero sussurro:
"Aika siirtyä"