Talvez eu devesse ir para algum lugar longe daqui, longe de todos. Todos insistem em me machucar, brincar comigo e com meus sentimentos. Eu não quero que todos me adorem, me mimem e me bajulem. Quero a distância, a solidão. Como se eu não precisasse de ninguém, como se eu não precisasse de nada. Tudo que toco, se desfaz, e todos que se aproximam, se afastam após conseguirem o que tentaram insistentemente: me machucar. Eu me afasto, eu fujo, eu me escondo, mas o fim é o mesmo. A maldição é certa.
Talvez não haja, afinal, uma fórmula secreta para tudo ter um final feliz. Talvez não haja um elemento X para garotas perfeitas. Talvez não haja um príncipe para me dar um beijo enquanto estou sob o feitiço, e o quebre. Talvez não haja planos infalíveis. Talvez não haja anões para me protegerem quando eu comer uma maçã envenenada, nem um príncipe para me salvar de uma torre e lutar contra um dragão. Talvez não haja um caçador para me salvar do lobo mau. Talvez não haja príncipes encantados. Eu não sou nenhuma princesinha em apuros, esperando que um príncipe encantado apareça para me salvar montado num cavalo branco.
Pois eu só quero alguém que me abrace com um sorriso nos lábios. Me proteja quando precisar. Me beije mesmo quando eu não pedir. Que diga que me ama sempre. Não procuro príncipes encantados (Pois hoje em dia eles seriam gays e diriam que são bis), apenas alguém que saiba como me deixar feliz e ter paciência comigo. Não quero que ninguém tente me compreender, seria loucura, um caminho para a perdição. Quero alguém que não tente brincar com meus sentimentos, e simplesmente me ame.
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