sexta-feira, 1 de abril de 2011

Aika siirtyä

Olho pela janela
Vendo a escuridão e alguns vultos
As árvores rugem
com os galhos quebrando
O vento sopra forte
meus cabelos voam para trás
A única luz que vejo
É a Lua
Que ilumina o céu
Como se tivesse brilho próprio
E ainda assim, faz os outros sorrirem
com sua simples e enorme aparição
Eu me alegro somente quando a vejo
e me surpreendo quando noto que também tenho fases
Tem tempos que me sinto completa
Outras pela metade
Outras crescendo
E outras ainda como se estivesse começando
As nuvens ficam ao seu redor
Moldando-a
E eu continuo sempre a observá-la da janela
Sempre longe, e nunca podendo tocá-la
Pois se eu tocasse-lhe
Jamais lhe veria da mesma forma que vejo-lhe agora

Distante...
E ainda assim continuo lhe admirando
É como se eu pudesse esticar meu braço
e poder te alcançar
Eu queria poder voar
Para só assim contemplar seus diferentes ângulos
Poderia eu morar em ti?
Sempre que fico parada lhe observando
Lembro sempre da pessoa do qual amei
que foi-se embora para o seu mesmo céu
Sinto falta desta pessoa
E sempre que observo a Lua
Lembro-me de quando fazíamos isso juntos
Pois quando observávamos a Lua
Disse-me: “Quando eu não mais estiver
olhe para a Lua, que eu estarei lá te olhando e te protegendo”
E agora, eu vejo que, como a Lua
Eu não tenho brilho próprio sem esta pessoa aqui
Mas, sempre à noite
Sinto-me mais alegre
como se minha luz voltasse
Como se você estivesse aqui
me abraçando como sempre fazia
quando eu sentia frio
Sempre que olho pela janela
Eu lhe procuro, mas nunca lhe acho...
Um mero sussurro:
"Aika siirtyä"

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